2/05/2014

O mistério de Elisa Lam




Talvez você já tenha ouvido falar no caso de Elisa Lam, uma jovem canadense de 21 anos que foi encontrada morta dentro de uma das caixas d’água do hotel no qual estava hospedada. 


A causa mortis foi apontada como afogamento. Ela foi descoberta já em decomposição em fevereiro do ano passado no Cecil Hotel, em Los Angeles, California. Mas como descobriram isso? Descobriram pela reclamação dos hóspedes do local dizendo que a água estava com uma cor estranha e gosto ruim.


Segundo o Departamento de Los Angeles a morte da jovem foi considerada como um "acidente" e nenhum vestígio de drogas ou álcool foram encontrados na autópsia. Porém, há muitas coisas dentro desse "acidente" que tornam a morte algo sobrenatural.


A porta que dá para o reservatório que fica na cobertura do prédio estava trancada quando seu corpo foi encontrado. E o sistema de alarme que é ativado assim que alguém abre a porta, não disparou em nenhum momento.



Outro fato estranho é que o reservatório é bem alto e é difícil alcançar o topo sem ajuda. Também não se sabe como a jovem abriu o tanque, visto que o tanque precisou ser cortado com maçaricos para que a equipe de resgate pudesse tirar o corpo de Elisa de lá, ou seja, uma pessoa não conseguiria passar pela abertura. Então, como ela foi parar lá dentro?


A coisa mais estranha de tudo isso é o vídeo de Elisa poucos tempos antes de sua morte. Em um vídeo gravado pela câmera de um elevador (que está logo abaixo) Elisa aparece com comportamento, no mínimo, estranho. Primeiro ela entra no elevador e aperta vários botões. Em seguida, ela olha para os dois lados rapidamente e se encosta no canto do elevador, como se tivesse fugindo de alguém ou algo.  Ela sai do elevador, da uns passos e volta para ele apertando vários botões novamente. E, inexplicavelmente, o elevador não obedece aos comandos dela em nenhum momento. Ela sai novamente e faz estranhos movimentos com as mãos repentinamente. Depois de uns minutos, ela desiste. Assim que ela vai embora, o elevador funciona.



Para não acabar com as esquisitices, pouco tempo depois da morte de Elisa Lam, houve uma epidemia de tuberculose em Skid Row (lugar próximo) e o nome do kit para fazer o teste de tuberculose é, nada mais nada menos, Lam-Elisa.


  • Cecil Hotel
O Hotel é notório por inúmeros suicídios e homicídios, assim como o alojamento de famosos serial killers: Richard Ramirez, o “Night Stalker”, que foi condenado por matar 14 pessoas em 1985; e Jack Unterweger, que cometeu suicídio depois de ser condenado por três assassinatos envolvendo prostitutas em 1991.


Ao que parece, o primeiro mistério de assassinato não solucionado ali ocorreu em 1947 com a descoberta do corpo mutilado de Elizabeth Short (Dália Negra).


Nos anos 50 e 60, o Cecil era conhecido como um lugar em que as pessoas saltavam para fora das janelas do hotel para cometer suicídio. E com a morte de Goldie Osgood em 1964 ajudou a dar má fama ao decadente Cecil Hotel. Ela foi encontrada estuprada, esfaqueada e estrangulada.


E você? Teria coragem de passar a noite no Hotel Cecil e talvez se tornar um ajudante a má fama do local? Custa cerca de US$ 52 para um quarto de casal com banheiro compartilhado.
1/24/2014

Fotografias Pós-Morte


Atualmente, quando alguém vem a falecer nós fazemos um velório para assim nos despedirmos daquela pessoa em questão. É uma tradição. Sempre foi assim, não é? Não é?


No século XIX, houve um costume no mínimo bizarro onde as pessoas tiravam fotos pouco depois da morte sendo uma maneira popular de honrar e lembrar os mortos, as chamadas Post Mortem Photos ou Fotografias Pós-Morte.


Entretanto não era só isso que o tornava bizarro e sim pelo fato de muitas das fotos serem tiradas com o morto do lado de pessoas vivas! Como se fosse uma linda foto de uma família completamente viva.


Os álbuns dos mortos eram uma espécie de negação da morte ao mesmo tempo que tornavam-se coisas guardadas pela família para lembrar dos entes queridos. A fotografia em si funcionava como última homenagem aos falecidos.Os retratos eram feitos especialmente de bebês e crianças talvez devido à alta taxa de mortalidade infantil durante a era Vitoriana.


Para essas fotos o importante era fazer parecer que os falecidos estivessem dormindo ou em posições de pessoas "vivas". Em algumas, eram colocadas estacas de madeira por dentro da roupa dos cadáveres, ao mesmo tempo que eram maquiados e colocados em posições como se estivessem vivos, como: em pé ao lado de familiares, sentados em sofás, abraçando um ente querido ou outra pose que fosse normal para quem estivesse vivo.


Esse costume não é mais usado, porém as fotos ainda estão guardadas. Separamos algumas fotos que vocês podem ver a seguir.

A falecida está deitada no chão como se tivesse dormindo


Todas as mulheres da foto estão mortas.
A única que está virada só está assim por seu rosto está desconfigurado.


Criança morta como se tivesse dormindo com suas bonecas.


Mulher morta em pé com ajuda de madeiras atrás de sua roupa.

Os dois estão mortos. A pose é como se tivessem adormecendo.

Bebê "adormecido" em cima da cadeira

Ambas mortas

1/22/2014

Circo dos Horrores - Parte 1


O circo é considerado por muitos como um entretenimento familiar, onde muitas famílias vão para se divertir e rir um bocado. Mas e se dissermos a você que existe circos que ninguém saia de lá rindo? Duvida? Então bem vindo ao Circo dos horrores.


O Circo dos horrores foi criado no intuito de mostrar "tudo o que as pessoas não querem ver, mas não conseguem parar de olhar", como diz seus criadores. Criado no século XIX, o circo chamou atenção de milhares de pessoas pelas cidades que passavam trazendo consigo novos espectadores e novas "aberrações".


O também chamado de freak shows (ou show de horrores) foram muito populares nos Estados Unidos. E era assim que um dos circos mais famosos da história apresentava suas atrações. O Barnum & Bailey, uma espécie de Cirque de Soleil do século XIX, era antes de tudo um show de horror. O espetáculo mostrava cenas que hoje só são vistas nos almanaques médicos.


No começo eram exibidos animais deformados (como vacas de duas cabeças, animais com um olho só...), mas isso logo se estendeu aos humanos. Bebês e adultos deformados por doenças, a maioria desconhecidas na época, eram exibidos como aberrações da natureza.


  • Martin Laurello - O homem coruja


Martin nasceu na Alemanha por volta de 1886. Ele começou a exibir seus dotes performáticos quando tinha 20 anos. Em 1921 foi para os Estados Unidos onde se apresentou no Barnum & Bailey. Além de girar a cabeça, ele também caminhava nessa situação, mas não muito, pois segundo ele ficava sem ar. Ele veio a falecer em 1955 de ataque cardíaco.

E antes que você, caro leitor, diga que não passa de uma farsa nós temos um vídeo de 1952 onde aparece ele e um outro "human freak" (humano bizarro) que infelizmente não conseguimos descobrir muito sobre.




  • Myrtle Corbin - A mulher de quatro pernas

Josephine Myrtle Corbin nasceu em Tennessee no ano de 1868. As duas pernas e uma vagina extras eram parte de uma irmã gêmea siamesa que não separou-se corretamente. Josephine conseguia ficar de pé só com as pernas do meio, mas elas não eram fortes o suficiente para aguentar o seu peso por muito tempo. Josephine está atualmente casada com quatro filhas e um filhos, todos com apenas duas pernas.


  • Maxine-Mina

Maxine-Mina nasceu em Filipinas no ano de 1896. Parecida com Myrtle Corbin citada acima, só com apenas dois diferenciais... Ela tinha controle das quatro penas e se apresentava pelada.  Usava apenas uma camisa ou vestido, já que suas pernas extras não a deixava colocar outra coisa. Não há muitos registros sobre ela, já que misteriosamente ela desapareceu. Não se sabe se ainda está viva ou não.


  • Grady Stiles - O garoto lagosta

Grady Franklin Stiles Jr nasceu em Pittsburgh no ano de 1937. O pai de Grady também era uma atração de espetáculos bizarros quando ele nasceu. Ele se casou duas vezes e teve quatro filhos. Dois deles nasceram com a mesma doença e passaram a viajar com ele para apresentação em circos como a Família Lagosta. 


Grady se tornou um alcoólatra e batia na família por nenhum motivo aparente. Quando uma de suas filhas se casou, ele, que não apoiava o casamento, matou o noivo com uma espingarda. Acabou falecendo em 1992 quando sua esposa e seu filho contrataram um outro artista do circo dos horrores, para matá-lo afirmando que o próprio iria matar a família.


  • Ella Harper – A mulher camelo
Ella Harper nasceu em Tennessee no ano de  1873. Sobre a vida de Ella é difícil dizer, já que há relatos controversos sobre as datas. Mas nenhum nega a deformidade que Ella tem chamada “Genu recurvatum” onde suas pernas dobravam-se para trás como as de uma ave.


Na parte de trás do cartão com uma foto dela em 1886, Ella escreveu : "Eu sou chamada de a menina camelo porque meus joelhos viram para trás. Eu posso andar melhor com as minhas mãos e pés como você me vê na foto. Eu tenho viajado bastante no show business nos últimos quatro anos e agora, isto é 1886, e tenho a intenção de sair do show business e ir para a escola e encaixar a mim mesma por outra ocupação." Depois de 1886 não há indícios de Ella não sabendo se ela está viva ou morta. Porém, uma Ella Harper do mesmo município teve uma certidão de óbito datada de 1921.

1/18/2014

Aokigahara, A Floresta dos Suicidas


Aokigahara ou Mar de Árvores, é uma floresta de 35km² situada na base noroeste do monte Fuji, no Japão. A floresta apresenta um estranho silêncio perturbador devido à densidade das árvores, que bloqueiam o vento, e à ausência de vida selvagem.


Entretanto, não é por isso que ela aparece aqui senhoras e senhores, e sim por ser conhecida como floresta dos mortos ou floresta dos suicidas. Aokigahara é o segundo ponto onde mais ocorrem suicídios no mundo todo, ficando atrás apenas da ponte Golden Gate, nos EUA (que será postado sobre este em breve).


Por ano o número de mortos encontrados comumente ultrapassa a assustadora marca de 100. Só em 2012 foram 247 tentativas. Geralmente os corpos são encontrados em avançado estado de putrefação e os métodos de suicídio variam bastante. São encontradas pessoas que se suicidaram por enforcamento (mais frequente), envenenamento e por armas de fogo (sendo a ultima mais rara). 


Pela floresta se muito densa, ainda são encontrados restos de suicidas que nunca foram retirados pela quantidade e difícil acesso. Além dos cadáveres, muitas vezes são encontrados objetos ritualísticos, manuais sobre o macabro procedimento e bilhetes de despedida.


Contam-se muitas lendas sobre Aokigahara, algumas sobre ser o lar de diversos demônios e espíritos malignos característicos da mitologia japonesa e outras sobre os espíritos dos suicidas vagarem por aquelas terras. A fama do local é tão grande que as mães não deixam suas crianças nem chegarem perto da floresta.


O alto índice de suicídios chamou a atenção das autoridades japonesas, que colocaram avisos em japonês na tentativa de provocar a reflexão desencorajando o ato. “A vida é um presente precioso dos seus pais. Por favor, pense nos seus pais, irmão e filhos. Não se preocupe sozinho. Converse conosco.” são típicas frases nas diversas placas espalhadas pela floresta. Porém, o número de mortes continua elevado e mais e mais pessoas procuram a floresta para seus planos mortais.


Quer saber mais? O History tem um vídeo contando mais da história da Floresta dos Suicidas e é legendado. Clique AQUI e veja.

O acompanhante indesejável


Eu fiquei cerca de 15 minutos de terminar o turno da noite no trabalho , quando houve uma enorme colisão em uma das janelas do escritório então eu me levanto e vou verificá-la . 

Alguém jogou uma grande pedra através de uma das janelas da frente do prédio . Isto é especialmente estranho, porque eu estou trabalhando no distrito industrial às 23:30 e nenhum dos outros negócios abertos. Eu voltei para a minha mesa , fiz uma rápida ligação para os seguranças para avisa-los e decidi voltar para casa. Enquanto eu estou saindo do prédio, eu estou enlouquecendo mais e mais sobre o acontecimento e acabei correndo para o meu carro , entrando e partindo.

Estava quase em casa e comecei a me acalmar um pouco quando eu percebo que eu não tinha destrancado o meu carro quando eu entrei nele. Ele tinha estado destrancado o tempo todo. Eu faço uma checagem rápida com a minha mão no banco de trás para achar qualquer possível assassinos que possa estar lá, mas não há nada.

30 minutos depois, já em casa eu liguei para um amigo meu que disse que estava bebendo, então eu decido que iria me juntar a ele. Eu peguei a minha bicicleta e comecei a pedalar. Eu estava fazendo curvas ao longo da estrada, era uma boa noite e eu não estava com pressa , apenas curtindo o luar quando ouço alguém pedalando atrás de mim. Eu me endireito e permaneço em um dos lados da estrada. Ele passa muito devagar e , quando ele está ao meu lado , ele me lança um sorriso que eu posso descrever como puramente louco. Eu meio que vacilou e vou para trás dele. Foi quando eu percebi. Ele estava andando com a bicicleta da minha mãe.

Eu vou correndo para casa. Quando eu chego lá, eu vejo ,com certeza, que sua bicicleta não está lá e uma das portas do meu carro está aberta. A parte esquerda traseira. Mas... Eu estava dirigindo e não tinha necessidade de abrir aquela porta.

1/08/2014

Okiku - A boneca japonesa viva


Uma boneca misteriosa supostamente possuída pelo espírito de uma criança captou a curiosidade das pessoas em todo o Japão durante décadas. A boneca lendária Okiku tem 40 centímetros de altura, vestida com um kimono e dona de olhos bem pretos.


Um garoto de 17 anos chamado Eikichi Suzuki, visitava a cidade de Sapporo, quando viu uma boneca e comprou-a como lembrança para sua irmã de 2 anos de idade, Kikuko. Kikuko amou tanto a boneca e não se separou mais dela, brincando assim com a boneca todos os dias. 


Até que Kikuko antes doente por um resfriado veio a falecer. Em todos os estágios da doença, Kikuko estava com sua amada boneca.

No dia da cremação do corpo da menina é um costume japonês colocar os objetos que a pessoa mais gostava dentro do caixão para ser cremado junto com o corpo. Entretanto, com a tristeza e dor da família, acabaram esquecendo de por a boneca junto


Após a cremação, percebendo que haviam esquecido da boneca, eles resolveram coloca-la junto as cinzas da criança no oratório onde ganhou o nome de Okiku, uma homenagem a Kikuko. Porém, com passar do tempo, a família percebeu que o cabelo da boneca começou a crescer.


Em meio tempo, na década de 40, a família tivera que fugir pois neste tempo estavam havendo uma guerra deixando assim Okiku no templo Mannenji na cidade de Iwamizawa. Ao termino da guerra, a família voltou para a cidade e foi visitar a falecida filha e a boneca. A família, ao ver a boneca, se espantou com o tamanho do cabelo dela que não parou de crescer.


A pedido do irmão da menina, a boneca ficou no templo, onde foi pedido uma investigação do caso. E o resultado foi chocante: O cabelo é humano.

O templo que fica em Hokkaido é visitado por turistas e curiosos que querem ver a fantástica transformação da boneca.A imprensa mostrou o fenômeno. Isso chamou a atenção de pesquisadores, para que fosse dada uma explicação cientifica para o caso, o que não aconteceu até hoje.


De acordo com o templo, a tradicional boneca inicialmente tinha curto cabelo curto, mas com o tempo ela cresceu para cerca de 25 centímetros de comprimento, até os joelhos da boneca (embora o cabelo é cortado periodicamente, ele supostamente continua a crescer de volta), os lábios, antes cerrados, estão entreabertos e úmidos, e seus olhos parecem olhar para as pessoas que passam pela boneca com expressões de quem tem vida.

Foto da esquerda: A boneca assim que foi comprada. Da direita: Atualmente.
Source: www.japaoemfoco.com/wp-content/uploads/2013/12/Boneca-Okiku.jpg
A banda Sabbat fez uma música para este caso, chamado: Okiku Doll Of The Devil, que infelizmente não há videoclip, nem nada do tipo.

1/06/2014

Anime do mês - Another


Primeiramente, queríamos nos desculpar com quem estava esperando postagens novas. Nossas vidas ficaram bem corridas nesses últimos meses e foi impossível postar aqui. Mas voltamos com a carga toda e já vamos começar com anime do mês. Será apenas sobre animes de terror e suspense. E o desse mês é...



Título: Another
Total de episodios: 12 episodios + 1 OVA
Escrito por: Yukito Ayatsuji
Lançamento em forma de mangá: 29 de Outubro de 2009
Lançamento em forma de anime: 10 de Janeiro de 2012


A vinte e seis anos atrás, em uma classe de terceiro colegial, uma estudante chamada Misaki era a mais popular e adorada do colégio por causa de sua beleza e sua qualidade nos esportes. Porém, um dia Misaki morre em um acidente e isso acaba por chocar bastante toda a escola.


O bizarro acontece quando seus amigos decidem “fingir” que ela está viva. Sua cadeira na sala continua disponível para ela, seu lugar na formatura foi reservado pelo diretor da escola e para completar, quando a foto da formatura foi tirada, Misaki também apareceu nela.



Anos depois, em uma primavera de 1998, um garoto chamado Sakakibara Kouichi se muda para a cidade e começa a estudar na mesma escola do ocorrido. Lá ele encontra todos os alunos rodeados por uma estranha atmosfera, principalmente uma bela estudante chamada Mei Misaki. Porém o que Kouichi não esperava é que a Misaki de sua sala tivesse mais relações do que o esperado com a história do passado do colégio.


O anime é bem curtinho, dá para ver ele todo em um dia. As cenas de mortes, e que cenas, são coisas que você nunca imaginaria ~tinha que ser japonês né?~ o que faz o anime ser uma coisa única. No começo você pode até ficar um pouco perdido, mas nada que não entenda no final. 


Mas não vá assistir com pensamento que tomará grandes sustos nem algo parecido. Another é um dos animes que você não esquecerá que o viu, mas também não o lembrará por algum susto. 

E pra finalizar o trailer do live action que foi lançado no dia 4 de agosto de 2012:




7/28/2013

A Casa Sem Fim



Deixe-me começar dizendo que Peter Terry era viciado em heroína. Nós éramos amigos na faculdade e continuamos sendo após eu ter me formado. Note que eu disse "eu". Ele largou depois de 2 anos mal feitos. Depois que eu me mudei do dormitório para um pequeno apartamento, não via Peter com muita frequência. Nós costumávamos conversar online as vezes (AIM era o rei na época pré-facebook). Houve um tempo que ele não ficou online por cinco semanas seguidas. Eu não estava preocupado. Ele era um notável viciado em cocaína e drogas em geral, então eu assumi que ele apenas parou de se importar. Mas então, uma noite, eu o vi entrando. Antes que eu pudesse começar uma conversa, ele me mandou uma mensagem.

"David, cara, nós precisamos conversar."

Foi quando ele me disse sobre a Casa sem Fim. Ela tinha esse nome pois ninguém nunca alcançou a saída final. As regras eram bem simples e clichês: chegue na saída final e você ganha 500 dólares, nove cômodos no total. A casa estava localizada fora da cidade, aproximadamente 7km da minha casa. Aparentemente ele tentou e falhou. Ele era viciado em heroína e sabe lá em mais o que, então eu imaginei que as drogas tinham feito ele se cagar todo por causa de um fantasma de papel ou algo assim. Ele me disse que seria demais pra qualquer um. Que não era normal. Eu não acreditei nele. Por que eu deveria? Eu disse a ele que iria checar isso na outra noite, e não importava o quanto ele tentasse me fazer não ir, 500 dólares soava bom demais pra ser verdade, eu precisava tentar. Fui na noite seguinte. Isso foi o que aconteceu.

Quando eu cheguei, imediatamente notei algo estranho sobre a casa. Você já viu ou leu algo que não deveria te assustar, mas por alguma razão te gelava a espinha? Eu andei através da construção e o sentimento de mal estar apenas aumentou quando eu abri a porta da frente.



Meu coração desacelerou e soltei um suspiro aliviado assim que entrei. O cômodo parecia como uma entrada de um hotel normal decorada para o Halloween. Um sinal foi colocado no lugar onde deveria ter um funcionário. Se lia "Quarto 1 por aqui. Mais oito a seguir. Alcance o final e você vence!" Eu ri e fui para a primeira porta.



A primeira área era quase cômica. A decoração lembrava o corredor de Halloween de um K-Mart, cheia de fantasmas de lençol e zumbis robóticos que soltavam um grunhido estático quando você passava. No outro lado tinha uma saída, a única porta além da qual eu entrei. Passei através das falsas teias de aranha e fui para o segundo quarto.


Fui recebido por uma névoa assim que abri a porta do segundo quarto. O quarto definitivamente apostou alto nos termos de tecnologia. Não havia apenas uma máquina de fumaça, mas morcegos pendurados pelo teto e girando em círculos. Assustador. Eles pareciam ter em algum lugar da sala, uma trilha sonora em loop de Halloween que qualquer um encontra em uma loja de R$1,99. Eu não vi um rádio, mas imaginei que eles tenham usado um sistema de PA. Eu pisei em cima de alguns ratos de brinquedo com rodinhas e andei com o peito inchado para a próxima área. Eu alcancei a maçaneta e meu coração parou. Eu não queria abrir essa porta. O sentimento de medo bateu tão forte que eu mal conseguia pensar. A lógica voltou depois de alguns momentos aterrorizantes, e eu abri a porta e entrei no próximo cômodo.


No quarto 3 foi quando as coisas começaram a mudar.


A primeira vista, parecia como um quarto normal. Havia uma cadeira no meio do quarto com piso de madeira. Uma lâmpada no canto fazia o péssimo trabalho de iluminar a área, e lançava algumas sombras sobre o chão e as paredes. Esse era o problema. Sombras. Plural. Com a exceção da cadeira, havia outras. Eu mal tinha entrado e já estava apavorado. Foi naquele momento que eu soube que algo não estava certo. Eu nem sequer pensava quando automaticamente tentei abrir a porta de qual eu vim. Estava trancada pelo outro lado.



Isso me deixou atormentado. Alguém estava trancando as portas conforme eu progredia? Não havia como. Eu teria ouvido. Seria uma trava mecânica que fechava automaticamente? Talvez. Mas eu estava muito assustado pra pensar. Eu me voltei para o quarto e as sombras tinham sumido. A sombra da cadeira permaneceu, mas as outras se foram. Comecei a andar lentamente. Eu costumava alucinar quando era criança, então eu conclui que as sombras eram um produto da minha imaginação. Comecei a me sentir melhor assim que fui para o meio da sala. Olhei para baixo enquanto andava, e foi aí que eu vi. A minha sombra não estava lá. Eu não tive tempo para gritar. Corri o mais rápido que pude para a outra porta e me atirei sem pensar no próximo quarto.


O quarto cômodo foi possivelmente o mais perturbador. Assim que eu fechei a porta, toda a luz pareceu ser sugada para fora e colocada no quarto anterior. Eu fiquei ali, rodeado pela escuridão, e não conseguia me mexer. Não tenho medo do escuro, e nunca tive, mas eu estava absolutamente aterrorizado. Toda a minha visão tinha me deixado. Eu ergui minha mão na frente do meu rosto e se eu não soubesse que tinha feito isso, nunca seria capaz de contar. Não conseguia ouvir nada. Estava um silêncio mortal. Quando você está em uma sala à prova de som, ainda é capaz de se ouvir respirar. Você consegue ouvir a si mesmo estar vivo. Eu não podia. Comecei a tropeçar depois de alguns momentos, a única coisa que eu podia sentir era meu coração batendo rapidamente. Não havia nenhuma porta à vista. Eu não tinha nem sequer certeza se havia uma porta mesmo. O silêncio foi quebrado por um zumbido baixo.


Senti algo atrás de mim. Vire-me bruscamente mas mal conseguia ver meu nariz. Mas eu sabia que era lá. Independentemente do quão escuro estava, eu sabia que tinha algo lá. O zumbido ficou mais alto, mais perto. Parecia me cercar, mas eu sabia que o que quer que estivesse causando o barulho, estava na minha frente, se aproximando. Dei um passo para trás, eu nunca tinha sentido esse tipo de medo. Eu realmente não consigo descrever o verdadeiro medo. Não estava nem com medo de morrer, mas sim do modo que isso ia acontecer. Tinha medo do que a coisa reservara para mim. Então as luzes piscaram por menos de um segundo e eu vi. Nada. Eu não vi nada e eu sei que eu não vi nada lá. O quarto estava novamente mergulhado na escuridão, e o zumbido era agora um guincho selvagem. Eu gritei em protesto, não conseguiria ouvir o barulho por mais um maldito minuto. Eu corri para trás, longe do barulho, e comecei a procurar pela maçaneta. Me virei e cai dentro do quarto 5.


Antes que eu descreva o quarto 5, você deve entender algo. Eu não sou um viciado. Nunca tive história de abuso de drogas ou qualquer tipo de psicoses além das alucinações na minha infância que eu já mencionei, e elas eram apenas quando eu estava realmente cansado ou tinha acabado de acordar. Eu entrei na Casa sem Fim limpo.



Depois de cair do quarto anterior, minha visão do quinto quarto foi de costas, olhando pro teto. O que eu vi não me assustou, apenas me surpreendeu. Árvores tinha crescido no quarto e se erguiam acima da minha cabeça. O teto desse quarto era mais alto que os outros, o que me fez pensar que eu estava no centro da casa. Me levantei do chão, me limpei e olhei ao redor. Era definitivamente o maior quarto de todos. Eu sequer conseguia ver a porta de onde eu estava, os vários arbustos e árvores devem ter bloqueado a minha linha de visão da saída. Nesse momento eu notei que os quartos estavam ficando mais assustadores, mas esse era um paraíso em comparação ao último. Também assumi que o que estava no quarto quatro ficou lá. Eu estava incrivelmente errado.



Conforme eu andava, comecei a ouvir o que se poderia ouvir em uma floresta, o barulho dos insetos se movendo e dos pássaros voando pareciam ser as minhas únicas companhias nesse quarto. Isso foi o que mais me incomodou. Eu podia ouvir os insetos e os outros animais, mas não conseguia vê-los. Comecei a me perguntar quão grande essa casa era. De fora, quando eu caminhei até ela, parecia como uma casa normal. Era definitivamente na maior parte da casa, já que tinha quase uma floresta inteira. A abóbada cobria minha visão do teto, mas eu assumi que ele ainda estava lá, por mais alto que fosse. Eu também não via nenhuma parede. A única maneira que eu sabia que ainda estava dentro da casa era por causa do chão compatível com o dos outros quartos, pisos escuros de madeira. 

Continuei andando na esperança que a próxima árvore que eu passasse revelaria a porta. Depois de alguns momento de caminhada, senti um mosquito no meu braço. O espantei e continuei. Um segundo depois, senti cerca de dez mais deles em diferentes lugares da minha pele. Senti eles rastejarem para cima e para baixo nos meus braços e pernas, e algum deles foram para o meu rosto. Eu me agitava freneticamente para espantá-los mas eles continuavam rastejando. Eu olhei para baixo e soltei um grito abafado, mais um ganido, para ser honesto. Eu não vi um único inseto. Nenhum inseto estava em mim, mas eu conseguia senti-los. Eu ouvia eles voando pelo meu rosto e picando a minha pele, mas não conseguia ver um único inseto. Me joguei no chão e comecei a rolar descontroladamente. Eu estava desesperado. Eu odiava insetos, especialmente os que eu não conseguia ver ou tocar. Mas eles conseguiam me tocar, e estavam por toda parte.




Eu comecei a rastejar. Não tinha ideia para onde estava indo, a entrada não estava a vista, e eu ainda não tinha visto a saída. Então eu apenas rastejei, minha pele se contorcendo com a presença desses insetos fantasmas. Depois do que pareceu horas, eu achei a porta. Agarrei a árvore mais próxima e me apoiei nela, eu dava tapas nos meus braços e pernas, sem sucesso. Tentei correr mas não conseguia, meu corpo estava exausto de rastejar e lidar com o que quer que estivesse no meu corpo. Eu dei alguns passos vacilantes até a porta, me segurando em cada árvore para me apoiar. Estava a poucos passos da porta quando eu ouvi. O zumbido baixo de antes. Estava vindo do próximo quarto, e era mais profundo. Eu podia quase senti-lo dentro do meu corpo, como quando você está do lado de um amplificador em um show. O sensação dos insetos em mim diminuiu quando o zumbido ficou mais alto. Assim que eu coloquei a mão na maçaneta, os insetos se foram completamente, mas eu não conseguia girar a maçaneta. Eu sabia que se eu soltasse, os insetos voltariam, e eu não voltaria para o cômodo quatro. Eu apenas fiquei ali, minha cabeça pressionada contra a porta marcada 6, minha mão trêmula segurando a maçaneta. O zumbido era tão alto que eu não conseguia nem me ouvir fingir pensar. Eu não podia fazer nada além de prosseguir. O quarto 6 era o próximo, e ele era o inferno.



Fechei a porta atrás de mim, meus olhos fechados e meus ouvidos zunindo. O zumbido me rodeava. Assim que a porta fechou, o zumbido se foi. Abri meus olhos e a porta que eu fechei sumira. Era apenas uma parede agora. Olhei em volta em choque. O quarto era idêntico ao terceiro, a mesma cadeira e lâmpada, mas com a quantidade de sombras corretas dessa vez. A única real diferença é que a porta de saída, e a que eu vim, tinham sumido. Como eu disse antes, eu não tinha problemas anteriores nos termos de instabilidade mental, mas no momento eu sentia como se estivesse louco. Eu não gritei. Não fiz um som. No começo eu arranhei suavemente. A parede era resistente, mas eu sabia que a porta estava lá, em algum lugar. Eu apenas sabia que estava. Arranhei onde a maçaneta estava. Arranhei a parede freneticamente com ambas as mãos, minhas unhas começaram a ser lixadas pela parede. Cai silenciosamente de joelho, o único som no quarto era o incessante arranhar contra a parede. Eu sabia que estava lá. A porta estava lá, eu sabia que estava apenas lá, sabia que se eu pudesse passar pela parede-


"Você está bem?"


Pulei do chão e me virei rapidamente. Me encostei contra a parede atrás de mim e vi o que falou comigo, e até hoje eu me arrependo de ter me virado.


A garotinha usava um vestido branco que descia até seus tornozelos. Ela tinha longos cabelos loiros que desciam até o meio das suas costas, pele branca e olhos azuis. Ela era a coisa mais assustadora que eu já tinha visto, e eu sei que nada na vida será tão angustiante como o que eu vi nela. Enquanto eu a olhava, eu via a jovem menina, mas também via algo mais. Onde ela estava eu vi o que parecia com um corpo de um homem maior do que o normal e coberto de pelos. Ele estava nu da cabeça ao dedão do pé, mas sua cabeça não era humana, e seus pés eram cascos. Não era o diabo, mas naquele momento poderia muito bem ter sido. Sua cabeça era a cabeça de um carneiro e o focinho de um lobo. Era horrível, e era como a menininha a minha frente. Eles tinham a mesma forma. Eu não consigo realmente descrever, mas eu via os dois ao mesmo tempo. Eles compartilhavam o mesmo lugar do quarto, mas era como olhar para duas dimensões separadas. Quando eu olhava a menina, eu via a coisa, e quando eu olhava a coisa, eu via a menina. Eu não conseguia falar. Eu mal conseguia ver. Minha mente estava se revoltando contra o que eu tentava processar. Eu já tive medo antes na minha vida, e eu nunca tinha estado mais assutado do que quando fiquei preso no quarto 4, mas isso foi antes do sexto. Eu apenas fiquei ali, olhando para o que quer que fosse que falou comigo. Não havia saída. Eu estava preso lá com aquilo. E então ela falou de novo.


"David, você deveria ter ouvido"



Quando aquilo falou, eu ouvi palavras da menina, mas a outra coisa falou atrás da minha mente numa voz que eu não tentarei descrever. Não havia nenhum outro som. A voz apenas continuava repetindo a frase de novo e de novo na minha mente, e eu concordei. Eu não sabia o que fazer. Estava ficando louco e ainda assim eu não conseguia tirar os olhos do que estava na minha frente. Cai no chão. Pensei que tinha desmaiado, mas o quarto não deixaria isso acontecer. Eu apenas queria que isso terminasse. Eu estava de lado, meus olhos bem apertos e a coisa olhando pra mim. No chão na minha frente estava correndo um dos ratos de brinquedo do segundo quarto. A casa estava brincando comigo. Mas por alguma razão, ver esse rato fez a minha mente voltar de onde quer que ela estivesse, e olhar ao redor do quarto. Eu sairia de lá. Estava determinado a sair daquela casa e nunca mais pensar sobre ela novamente. Eu sabia que esse quarto era o inferno e não estava pronto para ficar lá. No começo apenas meus olhos se moviam. Eu procurava nas paredes por qualquer tipo de abertura. O quarto não era muito grande, então não demorou muito para que eu checasse tudo. O demônio continuava zombando de mim, a voz cada vez mais alta como a coisa parada lá. Coloquei minha mão no chão e fiquei de quatro, e voltei a explorar a parede atrás de mim. Então eu vi algo que eu não podia acreditar. A coisa estava agora diretamente nas minhas costas, sussurrando como eu não deveria ter vindo. Eu senti sua respiração na minha nuca, mas me recusei a me virar. Um grande retângulo foi riscado na madeira, com um pequeno entalhe no meio dele. E bem em frente aos meus olhos eu vi um 7 que eu tinha inconscientemente feito na parede. Eu sabia o que era. Quarto 7 estava bem onde o quarto 5 estava a momentos atrás.



Eu não sabia como eu tinha feito aquilo, talvez tenha sido apenas o meu estado no momento, mas eu tinha criado a porta. Eu sabia que tinha. Na minha loucura eu tinha riscado na parede o que eu mais precisava, uma saída para o próximo quarto. O quarto 7 estava perto. Eu sabia que o demônio estava bem atrás de mim, mas por alguma razão, ele não conseguia me tocar. Fechei meus olhos e coloquei ambas as mãos no grande 7 na minha frente. E empurrei. Empurrei o mais forte que pude. O demônio agora gritava nos meus ouvidos. Ele e dizia que eu nunca iria embora. Me dizia que esse era o fim, mas que eu não iria morrer, eu iria ficar lá no quarto 6 com ele. Eu não iria. Empurrei e gritei com todo o meu fôlego. Eu sabia que alguma hora eu iria atravessar a parede. Cerrei meus olhos e gritei, e então o demônio se foi. Eu fui deixado no silêncio. Me virei lentamente e fui saudado com o quarto estando como estava quando eu entrei, apenas uma cadeira e uma lâmpada. Eu não podia acreditar nisso, mas não tive tempo de me habituar. Me virei para o 7 e pulei levemente para trás. O que eu vi foi uma porta. Não a que eu tinha riscado lá, mas uma porta normal com um grande 7 nela. Todo o meu corpo tremia. Me levou um tempo para girar a maçaneta. Eu apenas fiquei lá, parado por um tempo, encarando a porta. Eu não podia ficar no quarto 6, não podia. Mas se isso foi apenas o quarto 6, não conseguia imaginar o que me aguardava no 7. Devo ter ficado lá por uma hora, apenas olhando para o 7. Finalmente, respirei fundo e girei a maçaneta, abrindo a porta para o quarto 7.



Cambaleei através da porta mentalmente exausto e fisicamente fraco. A porta atrás de mim se fechou, e eu me toquei de onde estava. Eu estava fora. Não fora como no quarto 5, eu estava realmente lá fora. Meus olhos ardiam. Eu queria chorar. Cai de joelhos e tentei, mas não consegui. Eu estava finalmente fora daquele inferno. Nem sequer me importava com o prêmio que foi prometido. Me virei e vi que porta que eu tinha acabado de atravessar era a entrada. Andei até o meu carro e dirigi para casa, pensando em o quão bom seria tomar um banho.



Assim que cheguei em casa, me senti desconfortável. A alegria de deixar a Casa Sem Fim tinha sumido, e um temor crescia lentamente em meu estômago. Parei de pensar nisso e fiz meu caminho para a porta da frente. Entrei e imediatamente subi para o meu quarto. Eu entrei lá e na minha cama estava meu gato Baskerville. Ele foi a primeira coisa viva que eu vi aquela noite, e fui fazer carinho nele. Ele sibilou e bateu na minha mão. Recuei em choque, ele nunca tinha agido assim. Eu pensei "tanto faz, ele é um gato velho". Fui para o banho e me aprontei para o que eu esperava ser uma noite de insônia.


Depois do meu banho, fui cozinhar algo. Desci as escadas e me virei para a sala de estar, e vi o que ficaria para sempre gravado em minha mente. Meus pais estavam deitados no chão, nus e cobertos de sangue. Foram mutilado ao ponto de estarem quase identificáveis. Seus membros foram removidos e colocados do lado dos seus corpos, e suas cabeças em seus peitos, olhando para mim. A pior parte eram suas expressões. Eles sorriam, como se estivessem felizes em me ver. Vomitei e comecei a chorar lá mesmo. Eu não sabia o que tinha acontecido, eles nem sequer moravam comigo. Eu estava confuso. E então eu vi. Uma porta que nunca esteve lá antes. Uma porta com um grande 8 riscado com sangue nela.


Eu continuava na casa. Estava na minha sala de estar, mas ainda assim, no quarto 7. O rosto dos meus pais sorriram mais assim que eu percebi isso. Eles não eram meus pais, não podiam ser. Mas pareciam exatamente como eles. A porta marcada com um 8 estava do outro lado, depois dos corpos mutilados na minha frente. Eu sabia que tinha que continuar, mas naquele momento eu desisti. Os rostos sorridentes acabaram comigo, me seguravam lá onde eu estava. Vomitei novamente e quase entrei em colapso. E então, o zumbido voltou. Estava mais alto do que nunca, enchia a casa e tremia as paredes. O zumbido me obrigou a andar. Comecei a andar lentamente, indo em direção a porta e aos corpos. Eu mal conseguia ficar em pé, ainda mais andar, e quanto mais perto eu ia dos meus pais, mais perto do suicídio eu estava. As paredes agora tremiam tanto que parecia que desmoronariam, mas ainda assim os rostos sorriam para mim. Cada vez que eu me movia, os olhos me seguiam. Agora eu estava entre os dois corpos, a alguns metros da porta. As mãos desmembradas rastejaram em minha direção, o tempo todo os rostos continuavam a me olhar fixamente. Um novo terror tomou conta de mim e eu andei mais rápido. Eu não queria ouvir eles falarem. Não queria que as vozes fossem iguais a dos meus pais. Eles começaram a abrir suas bocas, e agora as mãos estavam a centímetros dos meus pés. Em um movimento desesperado, corri até a porta, a abri, e bati com ela atrás de mim. Quarto 8.


Eu estava farto. Depois do que acabara de acontecer, eu sabia que não tinha mais nada que essa porra de casa pudesse ter que eu não pudesse sobreviver. Não havia nada além do fogo do inferno que eu não estava preparado. Infelizmente eu subestimei as capacidades da Casa Sem Fim. Infelizmente, as coisas ficaram mais perturbadoras, mais terríveis e mais indescritíveis no quarto 8.


Eu continuo tendo dificuldade me acreditar no que eu vi na sala 8. De novo, o quarto era uma cópia do quarto 6 e 4, mas sentado na cadeira normalmente vazia, estava um homem. Depois de alguns segundos de descrença, minha mente finalmente aceitou o fato de que o homem sentado lá era eu. Não alguém que parecia comigo, ele era David Williams. Me aproximei. Eu tinha que dar uma olhada melhor, mesmo tendo certeza disso. Ele olhou para mim e notei lágrimas em seus olhos.



"Por favor.... por favor, não faça isso. Por favor, não me machuque."

"O que?" Eu disse. "Quem é você? Eu não vou te machucar."

"Sim, você vai" Ele soluçava agora. "Você vai me machucar e eu não quero que você faça isso."

Ele colocou suas pernas para cima na cadeira e começou a se balançar para frente e para trás. Foi realmente bem patético de olhar, principalmente por ele ser eu, idêntico em todos os sentidos.


"Escute, quem é você?" Eu estava agora apenas a alguns metros do meu doppelganger. Foi a mais estranha experiência que eu tive, estar lá falando comigo mesmo. Eu não estava assustado, mas ficaria logo. "Por que você-?"

"Você vai me machucar, você vai me machucar, se você quer sair você vai me machucar"

"Por que você está falando isso? Apenas se acalme, certo? Vamos tentar entender isso e-" E então eu vi. O David sentado lá estava usando as mesmas roupas que eu, exceto por uma pequena mancha vermelha bordada em sua camisa com um número 9"

"Você vai me machucar, você vai me machucar, não, por favor, você vai me machucar..."


Meus olhos não deixaram o pequeno número no seu peito. Eu sabia exatamente o que era. As primeiras portas foram simples, mas depois elas ficaram mais ambíguas. 7 foi arranhada na parede pelas minhas próprias mãos. 8 foi marcada com o sangue dos meus pais. Mas 9 - esse número era uma pessoa, uma pessoa viva. E o pior, era uma pessoa que parecia exatamente comigo.

"David?" Eu tive que perguntar.

"Sim... você vai me machucar, você vai me machucar..." Ele continuo a soluçar e a se balançar. Ele respondeu ao David. Ele era eu, até a voz. Mas aquele 9. Eu andei por alguns minutos enquanto ele chorava em sua cadeira. O quarto não tinha nenhuma porta, e assim como o 6, a porta da qual eu vim tinha sumido. Por alguma razão, eu sabia que arranhar não me levaria a nenhum lugar dessa vez. Estudei as paredes e o chão em volta da cadeira, abaixando a minha cabeça e vendo se tinha algo embaixo dela. Infelizmente, tinha. Embaixo da cadeira tinha uma faca. Junto com ela tinha uma nota onde se lia: Para David - Da Gerência.


A sensação em meu estômago quando eu li a nota foi algo sinistro. Eu queria vomitar, e a última coisa que eu queria fazer era remover a faca debaixo da cadeira. O outro David continuava a soluçar incontrolavelmente. Minha mente girava em volta de questões sem respostas. Quem colocou isso aqui e como sabiam meu nome? Sem mencionar o fato de que eu estava ajoelhado no chão frio e também estava sentado naquela cadeira, soluçando e pedindo para não ser machucado por mim mesmo. Isso tudo era muito para processar. A casa e a gerência estavam brincando comigo esse tempo todo. Meus pensamentos, por alguma razão, foram para Peter, e se ele chegou tão longe ou não. E se ele chegou, se ele conheceu um Peter Terry soluçando nesta cadeira, se balançando para frente e para trás. Eu expulsei esses pensamentos da minha cabeça, eles não importavam. Eu peguei a faca debaixo da cadeira e imediatamente o outro David se calou.


"David," ele disse na minha voz, "o que você pensa que vai fazer?"


Me levantei do chão e apertei a faca na minha mão.


"Eu vou sair daqui."


David continuava sentado na cadeira, mas estava bem calmo agora. Ele olhou pra mim com um sorriso fraco. Eu não sabia se ele iria rir ou me estrangular. Lentamente ele se levantou da cadeira e ficou de frente para mim. Era estranho. Sua altura e até a maneira que ele estava eram iguais a mim. Eu senti o cabo de borracha da faca na minha mão e apertei ela mais forte. Eu não sabia o que planejava fazer com isso, mas sentia que eu ia precisar dela.


"Agora" sua voz era um pouco mais profunda que a minha. "Eu vou te machucar. Eu vou te machucar e eu vou te manter aqui" Eu não respondi. Eu apenas o ataquei e o segurei no chão. Eu tinha montado nele e olhei para baixo, faca apontada e preparada. Ele olhou para mim apavorado. Era como se eu estivesse olhando para um espelho. E então, o zumbido retornou, baixo e distante, mas ainda assim eu o sentia no meu corpo. David olhou mim e eu olhei para mim mesmo. O zumbido foi ficando mais alto, e eu senti algo dentro de mim se romper. Com apenas um movimento, eu enfiei a faca na marca em seu peito e rasguei. A escuridão inundou o quarto, e eu estava caindo.


A escuridão em volta de mim era diferente de tudo que eu já tinha experimentado até aquele ponto. O Quarto 3 era escuro, mas não chegou nem perto dessa que tinha me engolido completamente. Depois de um tempo, eu não tinha nem mais certeza se continuava caindo. Me sentia leve, coberto pela escuridão. E então, uma tristeza profunda veio até mim. Me senti perdido, deprimido, suicida. A visão dos meus pais entrou na minha mente. Eu sabia que não era real, mas eu tinha visto aquilo, e a mente tem dificuldades em diferenciar o que é real e o que não é. A tristeza só aumentava. Eu estava no quarto 9 pelo que parecia dias. O quarto final. E era exatamente o que isso era, o fim. A Casa Sem Fim tinha um final, e eu tinha alcançado isso. Naquele momento, eu desisti. Eu sabia que eu estaria naquele estado pra sempre, acompanhado por nada além da escuridão. Nem o zumbido estava lá para me manter são. Eu tinha perdido todos os sentidos. Não conseguia sentir eu mesmo. Não conseguia ouvir nada, a visão era inútil aqui, e eu procurei por algum gosto na minha boca e não achei nada. Me senti desencarnado e completamente perdido. Eu sabia onde eu estava. Isso era o inferno. O Quarto 9 era o inferno. E então aconteceu. Uma luz. Uma dessas luzes estereotipadas no fim do túnel. Então eu senti o chão vir até mim, eu estava em pé. Depois de um momento ou dois para reunir meus pensamentos e sentidos, eu andei lentamente em direção a essa luz.


Assim que eu me aproximei da luz, ela tomou forma. Era uma luz saindo da fenda de uma porta, dessa vez sem nenhuma marca. Eu lentamente andei através da porta e me encontrei de volta onde eu comecei, no lobby da Casa Sem Fim. Estava exatamente como eu deixei. Continuava vazia, continuava decorada com enfeites infantis de Halloween. Depois de tudo o que aconteceu aquela noite, eu continuava desconfiado de onde eu estava. Depois de alguns momentos de normalidade, eu olhei em volta tentando achar qualquer coisa diferente. Na mesa estava um envelope branco com o meu nome escrito nele. Muito curioso, mas ainda assim cauteloso, juntei coragem para abrir o envelope. Dentro estava uma carta escrita à mão.


David Williams,

Parabéns! Você chegou ao final da Casa Sem Fim! Por favor, aceite esse prêmio como um símbolo da sua grande conquista.

Da sua eterna,
Gerência


Junto com a carta, tinham cinco notas de 100 dólares.


Eu não conseguia parar de rir. Eu ri pelo que pareceram horas. Eu ri enquanto andava até o carro e ri enquanto dirigia pra casa. Eu ri enquanto estacionava o carro na minha garagem, ri enquanto abria a porta da frente da minha casa e ri quando vi um pequeno 10 gravado na madeira da porta.
7/12/2013

Estudantes desmaiam por causa de banheiro assombrado



Alunos de uma escola na província de Phu Yen, no Vietnã, começaram a apresentar casos de desmaio em massa depois de afirmarem que um banheiro localizado em seu dormitório é assombrado e relatarem que o lugar é habitado por fantasmas. Phan Van Tho, diretor da escola Son Hoa, confirmou que um grande número de alunos em situação de internato já desmaiaram ou gritaram durante a noite durante o mês passado.


Um dos acasos aconteceu com o estudante K Pa Ho Luon. Uma noite no início de novembro, depois de voltar para seu quarto, Luon caiu no chão, falando coisas sem sentido, além de se debater, e em seguida desmaiou. Durante os desmaios, segundo o diretor, os alunos também dizem coisas ininteligíveis.


Depois de ser internado no Hospital Geral da província, o estudante disse a todos que ele havia visto um fantasma no banheiro. Muitos outros estudantes apresentaram o mesmo quadro. Em apenas uma noite, 12 estudantes caíram inconscientes ao mesmo tempo.


Tal situação tem causado um clima de medo entre os alunos e muitos não ousaram permanecer no dormitório, preferindo se alojar fora da escola. Muitos estudantes têm sido tão assombrado pelos "fantasmas" que não se atrevem a dormir sozinhos ou ir ao banheiro depois de escurecer.


Todos os alunos que desmaiaram foram levados para o hospital para tratamento de emergência, disse o diretor da escola.

Crianças dos olhos negros



As Crianças de Olhos Negros (Também conhecidas como BEC's, sigla do seu nome em inglês, Black Eyed Children), são crianças entre 8 e 16 anos, descritas como tendo a pele muito pálida (Algumas testemunhas chegaram a dizem que a pele parecia artificial, como de plástico), e usando roupas que vão desde jeans e agasalho com capuz até roupas antigas. Parecem ser em tudo crianças normais, exceto pelos olhos; seus olhos são totalmente negros, sem pupila ou íris.



As BEC costumam aparecem em estradas, nas janelas de carros parados em postos de gasolina no meio da estrada, ou até mesmo nas janelas das casas das pessoas. Podem aparecer em grupos, duplas, ou apenas uma só, sempre pedindo por uma carona ou para usar o telefone, pois estão perdidas ou longe de suas casas.Testemunhas dizem que olhar para esses olhos evoca sentimentos intensos de terror.



Pode parecer apenas mais uma lenda urbana, mas o número de relatos referentes às BEC aumentam a cada ano. Um dos primeiros relatos aconteceu em 1988, quando o jornalista Brian Bethel contou ter sido abordado por duas crianças que lhe pediam uma carona. Bethel disse que chegou a abrir a porta de seu carro para deixar as duas crianças entrarem, quando reparou nos olhos delas; totalmente negros.
Ao perceberem que o jornalista notara algo de diferente nas crianças, ambas começaram a se tornarem irritadas e insistentes, mas Bethel fugiu antes que pudessem lhe fazer alguma coisa.



Os encontros com BECs acontecem de diversas formas e situações. Elas chegaram a aparecer para um homem que acampava sozinho na floresta uma noite, cercando sua tenda e pedindo durante toda a noite para entrarem; já bateram na porta da casa de uma mulher tarde da noite, pedindo para usar o banheiro; já apareceram para um soldado da Marinha e até já abordaram um menino que andava de skate perto de sua casa, pedindo para usarem o telefone. 


Eles falam em um tom monótono exigente e, independentemente do que é dito a eles, eles não dizem muito mais do que: “Deixem-nos entrar, não vou (vamos) te machucar. Isso não vai demorar muito”. Todos os relatos descrevem situações semelhantes, sempre seguidas da descrição de uma sensação de medo e desconforto ao verem as BEC.


Testemunhas relatam sobre essas crianças estranhas pedindo para entrar na casa para usar o telefone ou para um passeio dentro da casa, porque eles estão perdidos ou que esqueceram alguma coisa. Eles falam em um tom monótono exigente e, independentemente do que é dito a eles, eles não dizem muito mais do que: “Deixem-nos entrar, não vou (vamos) te machucar. Isso não vai demorar muito”.



O que acontece com quem as vê é um mistério, mas é "fácil" se livrar delas, caso você acabe tendo um encontro com uma delas: Basta não fazer o que elas pedem. As BEC são o tipo de criatura que só invade sua casa se for convidada, então se for ignorada, logo ela desiste e parte.


Céticos acreditam que se tratam de crianças usando lentes negras querendo pregar peças nas pessoas. Mas estudiosos dos casos dizem que isso é pouco provável, pois mesmo que tais lentes existam, estas são muito caras para uma criança comprar (Cerca de $ 500 dólares ou mais), e são muito desconfortáveis.


As Crianças de Olhos Negros são de verdade, segundo aqueles que acreditam nelas, ainda não tem resposta. Alguns dizem que são híbridos de alienígenas com humanos, por causa de sua semelhança com os MIBs (Homens de Preto). 


Outros dizem que podem ser vampiros, porque só entram em sua casa se forem convidados, uma característica desta criatura. Já outros dizem que podem ser demônios, por causa dos olhos e da sensação de medo que os ronda.